Sobre

Há muito, muito tempo, minha vida se resumia a dormir, trabalhar e sair para comer em lugares legais.

Quando me tornei mãe, eu não tinha a menor ideia do que estava fazendo e, por um instante, pensei que nunca mais fosse ter uma vida incrível e cheia de aventuras. Meus dias se resumiam a trocar fraldas, amamentar e ninar um bebê que tinha muita cólica e chorava o dia todo, todos os dias, durante alguns meses. Durante muito tempo tive medo de sair de casa, porque o Murilo literalmente só chorava, o tempo todo. E assim os meses foram passando e eu tinha a sensação de estar em um episódio eterno de Pinky e Cérebro, onde eu me perguntava “o que vamos fazer hoje, Thais?” e eu mesma me respondia “a mesma coisa que fazemos todos os dias, ficar em casa e ver o Murilo chorar”.

Como eu disse, no começo eu não sabia o que estava fazendo, eu não conhecia muitas mães, não seguia outras mães e não sabia nem um décimo do que sei hoje sobre desenvolvimento infantil. Com o tempo, fui vendo que outras pessoas faziam programas que pareciam super divertidos com as crianças. Demorou bastante tempo para eu ter coragem de sair de casa num programa desses sozinha com o Murilo (ele tinha uns 2 anos, para ser bem precisa), mas depois que saí com ele pela primeira vez, nunca mais paramos.

Ver ele se divertir maravilhado em casas de brincar, parquinhos, exposições, restaurantes e mil outros lugares me fez perceber que eu só estava perdendo meu tempo ficando em casa. Ficar em casa às vezes era mais perrengue que sair, porque o Murilo ficava tão feliz nos nossos passeios que ninguém nem se lembrava de chorar ou reclamar de cansaço. Começamos a explorar todos os lugares de São Paulo que eu nem sonhava que existiam e, por que não, do mundo também. Resolvi que sempre que me perguntassem “o que vamos fazer hoje?”, que eu nunca mais teria uma resposta sem graça.

Claro que com a pandemia tudo isso mudou, mas nosso foco também mudou e agora damos prioridade para lugares ao ar livre, com muita natureza e, de preferência, em dias de semana onde tudo está menos cheio. Trancar uma criança em casa por dois anos nunca foi uma opção e, para uma criança, dois anos é muito tempo de vida, portando vamos continuar explorando nossa cidade e o mundo da forma como for possível. Vamos adorar sua companhia em nossas aventuras.

— Thais